Os pilotos da equipe de bicicross de Paulínia Renato Rezende e Hugo Osteti foram convocados pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) para defenderem a Seleção Nacional na abertura da Copa do Mundo de Supercross, que será disputada nos dias 30 e 31 de março na cidade de Chula Vista, no estado da Califórnia (EUA).
A competição mais de 500 reunirá dos melhores atletas das categorias Elite Masculina e Feminina da Europa, Asia, Oceania, África e Américas e soma pontos para o ranking da União Ciclística Internacional (UCI) para os Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
A equipe viajou para os EUA na tarde de segunda-feira, dia 26 de março. Antes da prova de sábado, 31 de março, os pilotos terão que passar por uma concorrida tomada de tempo na sexta, dia 30.
O Supercross é uma versão mais radical que o bicicross original, onde a pista apresenta obstáculos maiores, sendo o padrão adotado nas Olimpíadas. O Brasil luta para conseguir nesta ano fazer sua estréia no bicicross olímpico.
Conquistas recentes motivam Renatinho Renato Rezende é um dos favoritos para brigar pelas primeiras posições e luta para valer por vaga nas Olimpíadas de Londres neste ano. Ele é o brasileiro melhor colocado no ranking mundial da UCI na categoria Elite Men(principal), com a 16ª posição e esta em 5º no ranking latino-americano da mesma categoria. O piloto coleciona títulos de expressão na carreira como o Campeonato Mundial de 2010, na categoria Elite Cruiser, o bicampeonato pan-americano de 2005 e 2008, o sul-americano de 2001 e 2009, o tetracampeonato brasileiro de 2000, 2001, 2003 e 2009, e o tricampeonato da Copa Brasil 2002, 2003 e 2005.
O atleta é natural do Rio de Janeiro, residia em Poços de Caldas (MG) e mudou-se neste ano com a família para Paulínia, quando passou a fazer parte da equipe da cidade. Ele afirmou que procurou o clube Paulínia Racing Bicicross (Equipe PETROBRAS/Paulínia), por ser uma referência nacional na modalidade. “O ambiente do clube, a estrutura e o sistema de treinamento dão tudo que o atleta precisa para mostrar o seu melhor. Estou realizando um sonho que tinha já há algum tempo”, comentou Renato Rezende.
O atleta vem motivado pois conquistou no início deste ano a Copa Latino-americana de bicicross em fevereiro em Santiago, no Chile, e a Copa Internacional de Bicicross no domingo, 11, em Paulínia, ambas as provas valendo para o ranking olímpico.
Hugo Osteti, prata da casa de Paulínia, estréia neste ano na categoria Elite Men e também possui um currículo invejável com conquistas como os títulos pan-americano de 2008, o latino-americano e sul-americano de 2010, o tricampeão brasileiro de 2004, 2008 e 2010, o tetracampeonato da Copa Brasil de 2002, 2003, 2005 e 2009, e o penta paulista(2001, 2002, 2003, 2005 e 2006). No ano passado, foi convidado pela CBC para um estágio no Centro de Treinamento da UCI em Aigle, na Suiça.
Situação do Brasil na briga por vagas em Londres
A definição dos pilotos que disputarão as Olimpíadas dependerá do ranking mundial de Países da União Ciclística Internacional (UCI) que será finalizado após o Campeonato Mundial. A competição será realizada de 23 a 27 de maio, em Birmigham, na Inglaterra. O ranking mundial de Nações é liderado pela Austrália, seguida por França e Estados Unidos. O Brasil ocupa a 12ª posição.
Para conseguir uma vaga na categoria Elite Men, o Brasil precisa até o final de maio alcançar pelo menos a 11ª posição no ranking geral de países e, para ter duas vagas masculinas, é necessário terminar o ranking no mínimo na 8ª posição. Já para ter vagas asseguradas na categoria Elite Women, o Brasil tem que chegar pelo menos à 7ª posição. O Brasil tenta sua estréia em Olimpíada no bicicross já que em Pequim, em 2008, quando o esporte foi incluído como modalidade olímpica pela primeira vez, não conseguiu o índice necessário.
Conseguir uma pontuação positiva na Copa Internacional em Paulínia é fundamental, pois vários países latino-americanos são adversários diretos do Brasil nesta briga e alguns deles estão com posições melhores no ranking mundial. A Colômbia, por exemplo, tem uma posição privilegiada comparada ao Brasil com a 6ª posição, com vagas para Londres quase asseguradas. A Argentina ocupa a 8ª posição, e o Equador do 10º lugar. Isso significa que o Brasil está bem vivo na disputa por vagas para as Olimpíadas, dependendo só de si mesmo, mas terá até maio uma briga dura pela frente.



