Foto de arquivo

Em foto de 2004, o médico italiano Michele Ferrari deixa tribunal em Milão
A documentação apresentada pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês) contra Lance Armstrong revela que o ciclista teria pago mais de US$ 1 milhão para o médico italiano Michele Ferrari, famoso no ciclismo de alta performance como “doutor doping” e pivô da Operação Puerto, hoje banido pela Usada.
A investigação rastreou pagamentos feitos entre 1996 e 2006. “A evidência neste caso inclui serviços bancários e registros contábeis de uma empresa suíça controlada pelo doutor Ferrari, que recebeu mais de US$ 1 milhão em pagamentos enviados por Armstrong, além de e-mails trocados pelos dois durante um tempo período em que o Armstrong afirmou não ter nenhuma relação profissional com doutor Ferrari”, informa a Usada.
O relatório inclui testemunhos de vários companheiros de equipe de Armstrong que comprovam a ligação entre o ciclista e o médico italiano. Segundo a Usada, Ferrari estava intimamente envolvido com a equipe US Postal.
O ciclista George Hincapie, que admitiu doping em um comunicado divulgado antes do documento apresentado pela Usada, disse que Lance Armstrong apresentou-o ao médico. Na época, foi informado de que a taxa anual dos serviços de Ferrari era de US$ 15 mil. Hincapie confirma que Ferrari foi seu médico entre 2000 a 2006, no mesmo período em que desempenhou um papel importante de apoio para Lance Armstrong conquistar seus principais títulos.



