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Henrique Avancini na largada da 3ª etapa no Chipre

Henrique Avancini na largada da 3ª etapa no Chipre

Do Bikemasgazine
Fotos de divulgação / Armin M. Küstenbrück

Henrique Avancini conquistou mais um pódio neste sábado (28 de fevereiro) ao ficar em 2º lugar na terceira etapa da Sunshine Cup, no Chipre, com percurso de 40 quilômetros em Lythrodontas.

O brasileiro, que hoje integra a equipe de fábrica da Cannondale, ficou a 5 segundos do vencedor, o tcheco Jan Skarnitzl, que cruzou com 1h46min48s.

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No pelotão na terceira etapa no Chipre

O suíço Florian Vogel foi o 3º, a 17 segundos, e manteve a liderança geral conquistada desde a primeira etapa. Vogel tem 11 segundos de vantagem sobre o francês Stephane Tempier. Avancini está em terceiro lugar na geral, a 17 segundos.

O brasileiro, em sua primeira competição internacional com a Cannondale, está conquistado posições. Fez o 4º melhor tempo no contrarrelógio de abertura e foi 2º na segunda etapa da competição, que termina neste domingo.

Confira relato de Henrique Avancini sobre a etapa publicado em sua página no Facebook

“Terceira etapa da SunShine Cup e fiz segundo novamente e agora estou em terceiro na classificação geral, sendo que amanhã é a última etapa.

Hoje foi algo acima de insuportável. Sem dúvida era a etapa que eu teria mais dificuldade de andar com alguns pilotos. O percurso de 45km era praticamente em subida até o km25, e depois pegamos um longo single-track bem técnico, pra então nos últimos 17km passarmos por trechos rolados de seguidas subidas e descidas curtas e íngremes.

Nos primeiros 10km de corrida quem ditou um ritmo dolorido foi o campeão olímpico Kulhavy. Depois a subida começou a ficar um pouco mais íngreme e quem pegou a ponta foi o suíço Fabian Giger, n°4 do ranking mundial considerado por muitos o melhor escalador do circuito mundial. Mais adiante continuamos subindo e entramos em um single-track muito íngreme. Neste trecho Florian Vogel impôs o ritmo e consegui seguir junto com ele, Giger e Tempier.

No meio desta subida ataquei e peguei a ponta. O ritmo constante estava me destruindo, então comecei a a fazer alterações de ritmo para quebrar a constância dos escaladores. Deu certo.

No ponto mais alto estávamos em um grupo de 5, então forcei para entrar na longa descida na frente, já que dois dos atletas do grupo mostraram não estar tão bem nas descidas técnicas.

Entrei na frente e comecei a arriscar um pouco mais. Na bateção minha corrente acabou saindo e tive que ceder passagem. Perdi o contato com o grupo e o francês Tempier acabou pegando a ponta e abrindo boa vantagem. Alcancei o grupo novamente e o francês seguia sozinho na frente já com uma diferença de 30 segundos. Comecei a revezar com o Vogel e tiramos boa parte da diferença. Quando faltavam cerca de 5km, Giger atacou em perseguição ao Tempier.

Foi um ritmo incrível. O Tempier liderava, seguido de poucos metros do Giger, depois mais alguns metros Vogel e eu ainda um pouco mais atrás com Skarnitzl (bronze no último campeonato Europeu).
Com 3 km pra chegada o Giger se juntou ao Tempier e eu me juntei ao Vogel. Foi uma perseguição eletrizante. Com 1km pro final os cinco se juntaram novamente. Eu estava completamente no limite, aliás ninguém ali estava com saúde pra contar até 3 sem perder a conta…

Nesses últimos metros giramos até o sprint o que foi ruim já que o campeão olímpico e o Marrote vinham perseguindo e tiraram bastante tempo.

No final lancei um sprint mas as pernas já não funcionavam como antes. Nos últimos metros o tcheco Skarnitzl conseguiu manter o torque e eu estava completamente vazio. Considerei uma etapa muito positiva, por não perder tempo.

Teoricamente, amanhã na etapa de XCO eu não tenho tanta “desvantagem”, mesmo considerando que estou brigando pela vitória com atletas que frequentam o pódio da Copa do Mundo. Última etapa, última chance.

Que Deus me dê a força que eu trabalhei pra ter!”