Fotos de divulgação
Os brasileiros Raiza Goulão e Rubens Valeriano, da equipe Aoo Specialized, e a atual campeã brasileira Isabella Lacerda, da equipe SL/Shimano, conquistaram o pódio neste final de semana (22 de fevereiro) Abierto del Noa 2015, em San Javier, na Argentina, e conseguiram mais pontos em sua corrida rumo aos Jogos Rio 2016.
Raiza Goulão conquistou a segunda vitória da temporada em duas provas, após faturar a Taça Brasil, e somou mais 30 pontos nos rankings mundial e olímpico. No masculino, Rubinho foi o vice-campeão, após um início complicado, e somou mais 20 pontos nos dois rankings. A vitória ficou com o argentino Dario Gasco. O ciclista Franco Molina, também da Argentina, completou o pódio.

Pódio da Elite Feminina no Abierto del Noa 2015, em San Javier
Além de repetir o resultado da primeira prova do calendário válida pelos rankings internacionais, a Taça Brasil de XCO – Cross Country Olímpico, em Campo Largo (PR) no penúltimo fim de semana, os brasileiros encontraram na Argentina adversários bastante conhecidos neste ano: a chuva e o excesso de barro na pista, o que exigiu que carregassem suas bikes em diversos trechos do circuito.

Isabella Lacerda após a prova
“Foi mais uma prova no barro e mais um empurra bike. Foram 3 voltas muito duras, praticamente “impedaláveis”. Muito empurra bike e para piorar muitas partes em off camber e muita neblina. Se na Taça Brasil tinha barro, vocês não imaginam na Argentina”, contou Isabella Lacerda, que postou uma foto no Facebook logo após a prova coberta de lama.
“Por ser um percurso recém-montado, com 4,1 km em subidas e descidas íngremes, ficou quase impossível de se pedalar com as fortes chuvas que caíram em San Javier na semana da prova. O barro amassado acabou pregando em diversas partes da bike e atrapalhou os atletas. Pode parecer exagero, mas em 90% do tempo era preciso empurrar a bike. Se em Campo Largo foi duro, em San Javier foi muito pior”, contou Raiza.
A ciclista goiana não teve um bom início, errando na largada ao não clipar a sapatilha e em seguida sofrendo uma queda em um brejo. “Após a queda fui para a sexta colocação. Caí numa moita cheia de espinhos e foi desesperador. Reagi e na segunda volta ultrapassei a líder naquele momento, Isabella Lacerda, e fui embora até o fim com alguns minutos de vantagem”, relatou Raiza. “O desempenho da S-Works Era FSR e a ajuda do Rubinho, aconselhando-me, foram importantes”, concluiu.
Assim como Raiza, Rubinho também teve de fazer uma corrida de recuperação. “Foi mais difícil do que em Campo Largo. Se a trilha estivesse seca a história seria outra. Durante a prova não choveu, mas o barro já era intenso. Após a largada levei uma fechada dos adversários e fui para a décima colocação. Corri muito, literalmente, para chegar em primeiro, porém, não consegui tirar a diferença do vencedor, o Dario Gasco”, relatou o mineiro.
“Em algumas horas tínhamos que parar a bike e tirar o excesso de barro dela. Foi mais superação do que ciclismo. Preocupei-me em cuidar do meu equipamento e não me arriscar. Era para ter cinco voltas, mas foram quatro, em cerca de 1h30. Estava tão difícil que em alguns momentos não conseguíamos nem empurrar a bike, carregando nos ombros. Estou muito feliz por ter completado e somado mais pontos no ranking olímpico, meu grande objetivo”, complementou Rubinho, que competiu com sua bike S-Works Epic World Cup.
Os bikers iniciam agora a preparação para a abertura da Copa Internacional de MTB, entre os dias 6 e 8 de março, em Araxá (MG).



