Edmundo Freire e a Pinarello Dogma que pertenceu ao suíço Fabian Cancellara
Do Bikemagazine
Fotos de arquivo pessoal
Pedalar a bicicleta do suíço Fabian Cancellara é um privilégio para poucos. O psicólogo Edmundo Freire, de Aracaju (SE), de 40 anos, pode se considerar um felizardo. Ele adquiriu no início de 2015 um quadro Pinarello Dogma Magnesium que pertenceu ao campeão olímpico de contrarrelógio. O quadro é de 2005, feito de liga de magnésio, e foi usado pelo atleta na época do time italiano Fassa Bortolo, encerrado em 2006.
Quadros feitos de liga de alumínio com magnésio deixaram de ser fabricados
“Eu consegui esse quadro por meio de um amigo na Hungria, que arrematou um lote de bikes e outros produtos em Treviso, na Itália, depois que a equipe terminou no final da temporada 2005”, conta Edmundo.
O quadro é tamanho 58cm, perfeito para o brasileiro. “Além do quadro veio também o canote, a caixa de direção e a placa do numeral original.”
O quadro veio com canote, caixa de direção e placa de numeral
A bike foi montada da maneira mais original possível, com grupo Campagnolo Record, suportes de caramanhola Elite de metal. Para rodar, Edmundo optou por rodas Fulcrum Racing clincher, mais adequadas ao Brasil do que as originais tubulares. Os adesivos azuis originais das rodas foram trocados por vermelhos.
“O Fabian Cancellara tem 1,86m, eu tenho 1,85m. A bike tamanho 58 ficou perfeita para mim”.
Outras raridades
O quadro foi arrematado em um leilão em Treviso, na Itália
Essa não é a primeira bike com “pedigree” de Edmundo. Apaixonado por bikes literalmente “fora de série”, Edmundo já teve uma Decathlon (fabricada pela Cyfac) que pertenceu ao australiano Stuart O’Grady (na época da Decathlon/Cofidis), uma Gitanes de crono, ano 2000, do australiano Bradley McGee (Gitane/Française Deux Jeux), um quadro de estrada Cyfac de Christopher Bassons da equipe Jean DeLatour, além de quadros Specialized de Beat Zberg (Gerolsteiner) e Renè Haselbacher (Gerolsteiner), um quadro Wilier de Jimmy Casper (Cofidis/2006) e até um mesmo quadro Giant da T-Mobile que foi do então jovem britânico Bradley Wiggins.
“Em 2007, teve um leilão da T-Mobile na Inglaterra quando a equipe fechou as portas. Meu irmão comprou um quadro de cromo que o vendedor jurou que havia sido usado pelo jovem Bradley Wiggins”, diz.
Mas Edmundo gosta mesmo é da máquina que foi do Cancellara. “Esse é o quadro mais confortável que já tive na vida. Pena que não fabricam mais, pois é difícil de fazer. Não há trepidação nenhuma. Muitos fóruns consideram a Dogma de magnésio melhor que carbono. Pena que a tecnologia para trabalhar o magnésio é cara e difícil e não foi compartilhada. O segredo morreu com a Pinarello. O ponto fraco é a alta suscetibilidade à corrosão mas a Deda, que fornecia os tubos para a Pinarello, passou a misturar o magnésio com um tipo de cerâmica anticorrosiva”, explica.
