
O brasileiro André Gohr, que está no Centro da UCI na Suíça
Dani Prandi / Do Bikemagazine
Foto de divulgação
O catarinense André Gohr está em sua segunda temporada no Centro Mundial da UCI, na Suíça. O ciclista de Brusque, reduto de campeões como Murilo Fischer e Márcio May, além do primo, Soelito Gohr, completa 19 anos neste sábado (15 de agosto). Nesta temporada, vai disputar o Mundial de Ciclismo pela 2ª vez, agora na categoria Sub 23, em setembro.
Antes, vai competir o Tour de l’Avenir, de 22 a 29 de agosto, ao lado do brasileiro Caio Godoy, também confirmado na equipe UCI. O Tour de l’Avenir é uma das provas mais importantes das categorias de formação e costuma atrair “olheiros” em busca de novos talentos.
Gohr diz que busca uma oportunidade, mas espera mesmo é fazer uma boa prova. “Não posso dizer que não, se surgir a oportunidade ficarei muito feliz. Com certeza, o Tour é uma grande vitrine e eu espero chamar atenção de alguma equipe”, afirma o atleta em entrevista para o Bikemagazine. “O Tour de l’Avenir é como o Tour de France da categoria Sub 23. O Caio está fazendo uma ótima temporada e ele é minha referência. Nós nos preparamos bem e acredito que ele tem condições de fazer um grande Tour. E eu espero ajudar no que for necessário”, completa.
Gohr começou a pedalar ainda criança, por influência do pai, Eduardo. “Acompanhava meu pai nas corridas e fui pegando gosto. O Soelito Gohr, que é meu primo, também é uma referência e sempre treinamos juntos.” Em seu primeiro ano na Sub 23, o ciclista sabe que novos desafios o esperam. “Está sendo um ano de muito aprendizado e adaptação, mas já evoluí bastante e creio que estou no caminho certo.”
O início da temporada foi complicado depois de uma queda e uma fratura na clavícula. “Mas a recuperação foi excelente e pude voltar com uma vitória em um contrarrelogio”, lembra. A vitória foi no Giro du Nord Vaudois, em abril.
São nas provas de crono que o catarinense tem se destacado. “Minha especialidade é o contrarrelógio. Procuro andar com a bike de crono duas vezes por semana para sempre estar familiarizado”, continua. Na rotina de treinamentos em Aigle, pequena cidade na Suíça onde está localizado o Centro Mundial da UCI, Gohr diz que as pedaladas são diárias, sempre no período da manhã, e variam de 2 a 6 horas. No período da tarde a rotina é completada com exercícios na academia. “Os treinos variam de acordo com a competição para a qual estamos nos preparando, mas o dia a dia é praticamente sempre igual.”
Depois do Mundial, em Richmond, nos EUA, de 19 a 27 de setembro, Gohr retorna ao Brasil. “Tenho o compromisso de representar minha cidade nos Jogos Abertos de Santa Catarina”, adianta o ciclista, que está aberto a novas oportunidades. “Caso eu receba alguma proposta de uma equipe no Brasil vou analisar e ver o que será melhor para mim.”
Gohr está na Suíça pelo Projeto de Intercâmbio da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).



