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Raiza Goulão em competição no Chile Foto: Luiz Barra

Raiza Goulão em competição no Chile Foto: Luiz Barra

Foto de divulgação

A goiana Raiza Goulão (Specialized Racing BR), de acordo com ranking divulgado pela UCI (União Ciclística Internacional), nesta terça-feira (5 de abril), subiu para 15º lugar no ranking mundial, com 1.151 pontos. Com quatro vitórias em seis provas e o lugar no pódio nas outras duas disputas, a ciclista do Shimano Sports Team somou 460 no período, de 540 possíveis, e iniciou o ano olímpico com tudo. Na corrida pela vaga do país-sede na Rio 2016, Raiza viu sua vantagem de 225 pontos para Isabella Lacerda (LM/Sense de MTB) subir a 417, faltando menos de dois meses para fim do ciclo olímpico.

“Estou muito feliz com essa colocação no ranking. Não tenho palavras para descrever minha felicidade”, comemora Raiza. “O que definiu essa boa diferença de pontos para minha principal concorrente acredito que tenha sido minha estratégia em 2015 de ter um calendário maior de provas para poder me poupar em 2016. Desta forma, estou podendo focar agora o máximo no treino e também na performance. O reflexo disso é iniciar este ano com uma segurança maior, pela excelente vantagem de pontos, algo que me motiva para seguir treinando forte”, avalia a ciclista, que tem chegada ao Brasil prevista para o início da noite desta quarta-feira (6), em São Paulo.

Na semana passada a ciclista, que é a líder brasileira do ranking mundial há exatos dois anos, teve mais um importante desafio na caminhada rumo a Rio 2016. Bicampeã sub-23 na competição internacional em 2012 e 2013, Raiza disputou seu terceiro Pan-Americano de MTB na elite, pela primeira vez podendo sonhar mais alto. Após o nono lugar em 2014 e o décimo em 2015, o objetivo foi traçado e atingido. Com a medalha de prata em Catamarca, na Argentina, a goiana somou mais 150 pontos no ranking Olímpico e aproximou-se da vaga para Rio 2016.

“A ideia era somar pontos com um bom resultado, de preferência no top 5, por estarmos na reta final da classificação para Rio 2016. A pressão aumentou, mas eu sabia que era a hora de tentar definir logo e encaminhar a vaga. Em 2015 fui a décima colocada no Pan em uma condição que não era boa, pela altitude da Colômbia. Neste ano queria buscar um lugar no pódio, para deslanchar nos pontos e me aproximar da vaga na Rio 2016. Felizmente consegui esse feito, do vice-campeonato pan-americano, o que me deixa muito feliz e confiante”, revela.

Raiza Goulão em ação na CIMTB Foto: Fabio Piva

Raiza Goulão em ação na CIMTB em Araxá Foto: Fabio Piva

Após encerrar 2015 com o título brasileiro e da principal ultramaratona de MTB das Américas, a Brasil Ride, neste ano já foram quatro vitórias: Taça Brasil de XCO, Abierto del Noa (ARG), Copa Lippi (CHI) e Copa Chile Internacional. “Está sendo o melhor início de temporada na minha carreira. Tudo a favor para aumentar a confiança. Não esperava conquistar tantos títulos em tão pouco tempo. Isso é fruto da minha dedicação e do apoio de todos que estão ao meu lado”, conta Raiza. “Fui elogiada pela Maja Wloszczowska (polonesa, quarta do mundo). Se Deus quiser conquistarei essa vaga para Rio 2016, para iniciar uma nova etapa na vida, com alta performance e me manter ao menos no top 20 esse ano”, deseja Raiza.

Na Copa Internacional de MTB, em Araxá (MG), Raiza também sentiu-se vitoriosa, ao ser a melhor brasileira da competição, atrás apenas da campeã da etapa, a polonesa Maja Wloszczowska, top 5 do mundo, e da atual bicampeã pan-americana, a mexicana Daniela Campuzano. “Foi uma experiência incrível. A Maja e a Campuzano estão em um nível acima do meu e andar lado a lado com elas foi algo inexplicável. Mais objetivo que foi alcançado, o de conseguir ser a melhor brasileira na competição. Foi fundamental para minha motivação pedalar como pedalei lá”, relembra.

Após fazer parte do grupo de atletas da Shimano entre 2013 e 2014, Raiza nunca escondeu sua vontade de voltar a ser patrocinada pela marca japonesa. Assim, quando sua equipe Specialized Racing BR assinou com a Shimano no início desta temporada, Raiza não escondeu a felicidade. “Fiquei muito feliz em voltar a pedalar como atleta Shimano. É aquela coisa, o bom filho à casa torna. Fazer parte do Shimano Sports Team de novo só aumenta minha confiança e me dá a certeza de que estou no caminho certo”, comemora.