
Flávia Oliveira no circuito olímpico do ciclismo dos Jogos Rio 2016 Foto: Daniel Kullock
Dani Prandi / Do Bikemagazine
Fotos de divulgação
O Giro D’Itália Internazionale Femminile, também conhecido como Giro Rosa, começa nesta sexta-feira (1 de julho) sem a presença da brasileira Flávia Oliveira, que foi a campeã de montanha da edição do ano passado. A ciclista confirmou em entrevista exclusiva ao Bikemagazine na tarde desta quinta-feira que desligou-se da equipe belga Lensworld.eu-Zannata para se dedicar “110%” aos Jogos Rio-2016.

Flávia Oliveira com a camisa verde de montanha do Giro Rosa de 2015 Foto: Anton Vos
“Foi um acordo mútuo. Encerrei o contrato porque trabalhei muito para chegar onde cheguei e estar nos Jogos Olímpicos é minha prioridade, ainda mais disputando em casa”, destaca a carioca, que vive nos Estados Unidos e também já integrou a equipe italiana Ale Cipollini.
Flávia Oliveira, 33 anos, está confirmada na seleção brasileira de ciclismo de estrada, junto com Clemilda Fernandes. Esta será sua primeira vez em uma Olimpíada. “O Giro Rosa tem todo ano, mas Jogos Olímpicos não. Não sei se estarei no próximo, mas neste com certeza vou estar e preciso me manter focada. Fui selecionada, conquistei os pontos do ranking, não gosto de perder tempo”, contou.
No início da temporada participou do Tour de San Luis (Argentina) e depois de clássicas na Europa. Em maio, foi a única atleta da seleção brasileira a conquistar uma medalha no ciclismo do Pan-Americano na Venezuela, com o bronze. Também em maio, disputou a Volta da Costa Rica e chegou a vestir a camisa de líder. Mas a ciclista diz que disputar os Jogos sempre esteve entre suas prioridades e que a experiência com a equipe belga, onde estava desde outubro do ano passado, foi importante para poder se aprimorar.
“Sei que fiquei mais competitiva, fiz provas nos paralelepípedos na Europa (Strade Bianche e Omloop, por exemplo) e estou mais preparada para o pavé de Grumari, que é ferrado”, diz. O “pavé de Grumari” , vale lembrar, é um dos trechos do circuito do ciclismo de estrada olímpico na região da Barra da Tijuca.
“Amo o percurso olímpico”, destaca a ciclista. “E ele passa em frente da casa da minha tia”, completa, referindo-se a Fátima Freitas, sua inspiração e principal motivadora na carreira de atleta. “O percurso é duro, seletivo, mas quanto mais subida melhor. As melhores ciclistas do mundo estarão na prova, acho que vai ter um gostinho de clássica por causa dos pavés. E nos pavés não tem como controlar, pode furar, pode ter algum problema na bike… A sorte vai contar ali”, afirma.
“Mas não podemos pensar no imprevisível e sim que o trabalho de preparação foi feito”, continua. “Meu forte sempre foi subida.” E subida é o que não falta no circuito olímpico, vale destacar.
“Claro que pretendo estar no Top 10, mas se conseguir quero ser melhor ainda. Quero fazer bem, fazer o meu melhor, dar 110% de pedal”, completa.
Sem o Giro Rosa, a brasileira vai correr algumas provas curtas na Europa antes de retornar ao Rio de Janeiro, no dia 1º de agosto. A prova olímpica será dia 7 de agosto, com largada e chegada no Forte de Copacabana.
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