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O professor Frederico Costa Pinto

O professor Frederico Costa Pinto mostra dados da pedalada

Do Bikemagazine
Fotos de divulgação Carol Penna

Ciclista que gosta de subidas provavelmente já ouviu falar do Everesting, o desafio de escalar uma altura equivalente aos 8.848 metros de altura do Monte Everest. Ou mais. Foi o que fez o professor da USP Frederico Costa Pinto, que no dia 15 de abril pedalou mais de 9 mil metros acumulados em menos de 24 horas. O local escolhido por Fred foi  São Francisco Xavier (SP), distrito de São José dos Campos localizado na Serra da Mantiqueira.

Depois de duas vezes no asfalto, desta vez a marca foi atingida em estrada de terra

Depois de duas vezes no asfalto, desta vez a marca foi atingida em estrada de terra

A Specialized Diverge Expert usada no desafio

A Specialized Diverge Expert usada no desafio

Fred já havia concluído o desafio duas vezes no asfalto. Mas desta vez ele queria repetir o feito em estrada de terra. Depois de uma tentativa frustrada em janeiro, o professor de 44 anos voltou determinado a cumprir o desafio. Desta vez, pedalou uma Specialized Diverge Expert nas estradas de terra da região e repetiu a subida nove vezes até alcançar a metragem necessária. No total, Fred pedalou 374,9km em 23h34min19s e 9.199 metros de subida acumulados.

No Everesting, o ciclista deve escolher uma subida, curta ou longa, inclinada ou suave. O importante é subir e descer e repetir até que o ganho vertical acumulado seja igual ou superior do que o Monte Everest. Pode-se ir no ritmo que quiser, só não vale dormir.

No total, Fred pedalou 374,9km em 23h34min19s

No total, Fred pedalou 374,9km em 23h34min19s

“Em comparação com Everesting em asfalto, posso dizer sem sombra de dúvida que não há comparação de dificuldade. Terra é imprevisível, cansa muito mais pelo arrasto do pneu de cravo e a descida cansa tanto quanto a subida (sinceramente, eu descia querendo que acabasse logo e começasse a subir de novo). Apesar de eu pegar lama no começo e pedras no final, estava muito mais fácil de manter o ritmo previsto. O maior desafio, como sempre, é vencer a solidão (em especial no meio da noite, no meio das árvores, escuro e sombras que, com o cansaço, pregam peças e ilusões visuais) e a sensação de falta de propósito que pode bater”, conta Fred.

“A região inteira é linda e cheia de montanhas e serras. São Francisco Xavier é pequena, pacata e turística. A estrada que escolhi é a via direta que vai até Joanópolis. A estrada é favorável por ser razoavelmente constante de inclinação (apesar de ter trechos que pulam dos ~ 5% médios para 14%) e coberta de árvores. Isso ajuda demais a evitar muito calor durante o dia. Fiz um reconhecimento de alguns locais em potencial há alguns meses e esse foi o que encontrei como mais ideal”.

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