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Situação da Astana está no centro das atenções neste início de ano Foto: Dario Belingheri /Bettini Photo

Do Bikemagazine
Fotos de divulgação

A temporada começou com a equipe Astana sem receber seu orçamento para 2018. O manager Alexandre Vinokourov reclamou na imprensa, disse que as primeiras corridas foram feitas graças ao dinheiro de reserva e que o time poderia acabar, após 13 temporadas, caso a verba não chegasse. A equipe é mantida por investimento estatal e, segundo Vinokourov, o repasse era esperado para janeiro e até agora nada.

Uma decisão da Justiça da Bélgica pode estar indiretamente ligada ao destino da Astana. Um tribunal determinou o congelamento de US$ 22,6 bilhões de um fundo do governo do Cazaquistão dentro do processo movido pelo empresário Anatolie Stati, da Moldávia, que tenta recuperar seus investimentos na área de energia e forçar o governo cazaque a ressarcir o que gastou. O processo está longe de terminar, o orçamento da equipe de ciclismo estaria vinculado ao fundo e, por isso, a apreensão em torno do futuro da Astana.

“Estamos indo nas corridas com nosso próprio dinheiro e os rapazes não receberam seus salários”, afirmou Vinokourov. “Voos, hospedagem e logística são gastos urgentes e qualquer adiamento no repasse do nosso orçamento pelo governo do Cazaquistão pode acarretar o encerramento do projeto”, completou o medalha de ouro dos Jogos Londres-2012 de ciclismo de estrada para a imprensa cazaque.

“A situação é crítica. Há 30 ciclistas sob contrato, temos obrigações para com eles. São mais de 50 pessoas se somarmos o restante do time, que inclui treinadores, massagistas, médico e mecânicos” , disse o diretor esportivo Dmitri Sedoun em entrevista no Tour de Abu Dhabi.

Outros patrocinadores estão na mira, o que pode ser uma saída honrosa para a equipe que, neste início de temporada, mostrou que não vai se deixar abater. O ano de 2018 mal começou e os ciclistas da Astana já conquistaram excelentes resultados, como o título do Tour de Omã, por Alexey Lutsenko, a vitória na etapa rainha de Migel Angel Lopez, também em Omã, e a vitória solo do dinamarquês Michael Valgren na Omloop Het Nieuwsblad, na Bélgica (veja aqui).

O problema financeiro continua em suspenso e todos estamos na torcida por uma solução. Enquanto isso, a equipe segue o calendário e o próximo compromisso será neste sábado (3 de março), na Strade Bianche, com o cazaque Lutsenko, mais os italianos Moreno Moser, Dario Cataldo, Oscar Gatto e Davide Villella, o ucraniano Andriy Grivko e o norueguês Truls Engen Korsaeth.

Anúncio da Astana para a Strade Bianche