Dani Prandi / Do Bikemagazine
Fotos de divulgação
Henrique Avancini começa a temporada 2019 com a camisa arco-íris de campeão mundial de maratona, como o número 2 do ranking mundial e com as pernas preparadas para a ultramaratona Cape Epic, na África do Sul, mas sua maior pressão, no momento, acaba de nascer. Aos 29 anos, o atleta de maior sucesso do mountain bike brasileiro tornou-se pai pela primeira vez.
Em entrevista ao Bikemagazine, Avancini mostra otimismo. “Acredito que estou longe do meu melhor, muito provavelmente 2019 será melhor que 2018”, diz o biker que, na temporada passada, voltou a usar a camisa de campeão brasileiro pela 13ª vez, teve lugar no pódio da Copa do Mundo e terminou em 4º lugar na classificação geral, além de vencer a ultramaratona Brasil Ride e conquistar o troféu de Atleta da Torcida do Prêmio Brasil Olímpico, entre tantos outros feitos que o levaram a ser um dos destaques do ano no balanço de 2018 da UCI (União Ciclística Internacional).
O ano começa pra valer na dureza da Cape Epic, onde estará, pelo quarto ano seguido, ao lado do companheiro de equipe Cannondale Factory Racing, o alemão Manuel Fumic. De 17 a 24 de março, a dupla vai encarar o percurso de 2019, tido como mais agressivo em relação ao anterior.
“São mais trilhas, mais altimetria, mas fizemos uma preparação específica para a prova, sem contar que já temos experiência. O percurso dessa edição nos favorece e estou muito animado”, diz Avancini, que admite que, em sua lista de desejos, vencer a Cape Epic tem lugar de destaque.
“Em 2018 o Fumic, que vinha de uma sucessão de lesões, estava aquém do ideal. Algumas etapas fomos bem, em outras não. Mas, nesta temporada, para ser sincero, passamos duas semanas treinando no final do ano e acho que nunca vi o Fumic em tão boa forma”, conta.
Em 2019, a Copa do Mundo de MTB XCO começa mais tarde, dias 18 e 19 de maio, em Albstadt, na Alemanha. A competição em seis etapas continua nos objetivos de Avancini, assim como o Mundial de XCO, dias 31 de agosto e 1 de setembro no Mont-Sainte-Anne, no Canadá. “O XCO é onde quero me dedicar. A pista em Sainte-Anne é dura, técnica, é um circuito onde nunca tive muita facilidade, mas sei que lá eu consigo andar rápido”, diz.
Uma semana depois do Mundial tem a etapa final da Copa do Mundo, nos Estados Unidos e, na semana seguinte, o Mundial de Maratona, na Suíça. Por isso, Avancini ainda não tem certeza se vai defender a camisa arco-íris de XCM. “Só vou tomar essa decisão no segundo semestre já que meu calendário não é voltado para maratona”, afirma. Mas destaca que pretende disputar provas de maratona durante o ano no Brasil e, assim, fazer a alegria da torcida, que poderá vê-lo com a camisa arco-íris em etapas da Copa Internacional de MTB e na Maratona Estrada Real, por exemplo.
No 2º semestre há também a disputa do Campeonato Brasileiro de XCO e Avancini diz que, apesar do calendário apertado, pretende defender o título e continuar a levar a bandeira do Brasil na camisa pelas provas mundo afora.
A evolução de Avancini no MTB é expressiva, mas foi feita em “pequenos passos”, como ele diz. “Na Copa do Mundo de 2014, fui Top 25, na de 2017 fui Top 10, por exemplo. É um trabalho de longo prazo, com consistência”, conta o atleta que incluiu em sua preparação exercícios visuais, cognitivos e motores que o ajudam a ter mais poder de decisão durante uma corrida. “Com a cabeça no lugar certo, o resto segue”, ensina.
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