Do Bikemagazine
Fotos de divulgação/Unipublic
A 74ª edição da Volta a Espanha, que será disputada de 24 de agosto a 15 de setembro, terá oito chegadas ao alto e duas provas de contrarrelógio, uma por equipes e outra individual. O pelotão vai passar pela Catalunha, Andorra, França, País Basco, Cantábria e Astúrias. A crono por equipes na abertura terá 13,5 km e a individual, na 10ª etapa, 36,2 km. Entre as novidades desta edição está um trecho de 4 km em estrada de cascalho e uma chegada em paralelepípedos.
Primeira parte
A Vuelta começa com uma crono por equipes de 13,5 km totalmente plana na área urbana de Torrevieja. Será um percurso curto e simples que vai servir para apresentar as equipes na disputa.
Na 2ª etapa, de 199,6 km, de Benidorm a Calpe, a primeira parte do dia será nas estradas sinuosas na região de Alicante. Na segunda parte o pelotão encara a primeira subida da edição de 2019, de categoria 2, até o Alto de Puig Llorença (Cúpula do Sol), a 24 km da meta.
Na 3ª etapa, de Ibi a Alicante, com 188 km, duas subidas de categoria 3 podem dificultar o dia dos velocistas, mas é esperada uma chegada rápida, com decisão no sprint.
A 4ª etapa, com 175,5 km, de Cullera a El Puig, terá o Puerto del Oronet, de categoria 3, a 45 km do final. Mas, mais vez, a expectativa é de chegada em sprint.
Na 5ª etapa, de L’Eliana ao Observatório Astrofísico de Javalambre, com 170,7 km, a corrida passará por estradas sinuosas antes da subida final, de categoria 1, a 1.950 metros, em um percurso inédito. Não é uma escalada excessivamente íngreme, mas deve ter algum impacto nos tempos individuais.
A 6ª etapa, com 198,9 km, de Mora de Rubielos a Ares del Maestrat, termina na montanhosa Ares de Maestrat, a 1.195 metros, com 5 km com uma inclinação média de 6%.
A 7ª etapa, de Onda a Mas de la Costa, com 183,2 km, os primeiros 80 km são pelo litoral, em terreno plano. Mas, já na província de Castellón, começam as montanhas. São duas subidas de categoria 2 e outras duas passagens de montanha de categoria 3 antes do final desafiador em Mas de la Costa.
Na 8ª etapa, com 166,9 km, de Valls a Igualada, o pelotão respira um pouco nas médias montanhas. O Puerto de Montserrat, no final do percurso, poderá ser um momento-chave em que as equipes dos velocistas terão que decidir se controlam a corrida e preparam um sprint final ou se deixam a fuga buscar a vitória.
A 9ª etapa, de Andorra la Vella a Cortals d’Encamp, tem apenas 94,4 km, em um percurso semelhante ao final da Vuelta de 2018, mas desta vez a subida até o Coll de Ordino é na direção oposta. A parte mais difícil é a subida ao Coll de la Gallina, de categoria especial, a 1.910 metros, e uma das novidades é um trecho de cascalho, em estrada plana, de 4 km, até a subida final para Cortals d’Encamp, a 2.095 metros.
Segunda parte
Após o primeiro dia de descanso, o pelotão retorna para a 10ª etapa, um contrarrelógio individual de 36,1 km entre Jurançon e Pau, com uma rota sinuosa, com encostas íngremes, que vai exigir força física e mental. Os especialistas em crono podem se beneficiar e recuperar parte do tempo perdido nas montanhas até Pau, localidade francesa no Norte dos Pireneus que, depois de Paris e Bordeaux, é a cidade que recebeu o Tour de France e onde está um monumento em homenagem a todos os vencedores do Tour conhecido como “Tour des Géants”.
A 11ª etapa, com 180 km, de Saint Palais a Urdax-Dantxarinea,será uma etapa de transição com um circuito final semelhante ao usado na Vuelta de 2016 em torno de Urdax.
A 12ª etapa, entre Los Arcos/Circuito de Navarra a Bilbao, com 171,4 km, terá uma série de três subidas de categoria 3 curtas, íngremes e muito próximas uma da outra em pleno País Basco. Antes da chegada o pelotão terá pela frente o inédito Alto de Arraiz, de apenas 2,4 km, com 11,5% de inclinação média, mas máxima de 20%.
Na 13ª etapa, com 166,4, de Bilbao a Los Machucos/Monumento Vaca Pasiega, o pelotão vai encarar sete passagens de montanha: quatro subidas de categoria 3, duas de categoria 2 e a chegada no alto de Los Machucos, muito exigente. A largada será especial, a partir do estádio San Mamés.
A 14ª etapa, com 188 km, de San Vicente de la Barquera a Oviedo, será um dia plano ao longo da costa até Gijon, com uma subida até o Alto de la Madera, de categoria 3, antes do final.
A 15ª etapa, de Tineo ao Santuario del Acebo, com 154,4 km, conta com quatro passagens de montanha. Após uma subida inicial até o Puerto del Acebo, sem chegar ao topo, o pelotão segue para duas famosas passagens montanhosas no oeste das Astúrias: Puerto del Conio e Puerto del Pozo de las Mujeres Muertas. O trecho final é uma subida muito exigente que estreia no percurso, a 1.200 metros.
As montanhas continuam na 16ª etapa, de Pravia até o Alto de La Cubilla, com 144,4 km, com passagens de montanha de categoria 1 até o topo de La Cubilla, a 1.690 metros. O vencedor desta etapa será um forte candidato a vestir a camisa vermelha.
Terceira parte
Após o 2º dia de descanso, a 17ª etapa da Vuelta abre a semana final com a etapa mais longa da edição deste ano, com 219,6 km, entre Aranda de Duero e Guadalajara.
A 18ª etapa, com muito sobe e desce nos 177, 5 km entre Comunidad de Madrid/Colmenar Viejo e Becerril de la Sierra, terá passagens por Navacerrada, La Morcuera em ambos os lados, e Cotos, de onde o percurso desce até o final em Becerril de la Sierra.
A 19ª etapa, de Ávila a Toledo, com 165,2 km, será um dia para os velocistas. Mas a chegada pode surpreender por causa de um suave subida de 1 km em trecho com paralelepípedos.
A 20ª e penúltima etapa, com 190,4 km entre Arenas de San Pedro e a Plataforma de Gredos, retorna às alturas, com cinco passagens de montanha, incluindo o icônico Serranillos, a 1.575 metros de altitude. O percurso é sinuoso até a subida de Puerto de Peña Negra (categoria 1). Vale lembrar que Gredos recebeu uma das etapas mais lembradas da história da Vuelta, em 1983, quando, na 17ª etapa, Bernard Hinault, que começou a 10 segundos do líder Julián Gorospe, atacou forte a 78 km da meta e abriu 20 minutos de vantagem.
A etapa de 2019 foi planejada por Carlos Sastre, campeão da Vuelta de 2008, a pedido de Javier Guillén, organizador da corrida. Aposentado em 2011, Sastre contou que a etapa terá quase 30 quilômetros de ascensão entrelaçadas, em encostas muito difíceis e constantes. “Será a oportunidade perfeita para escapar ou para que as equipes coloquem em práticas suas táticas para uma ação solo”, afirmou.
No último dia, de Fuenlabrada a Madrid, serão 106,6 km de percurso plano e chegada em sprint e muita festa na capital espanhola.
AS ETAPAS
Etapa 1 – 24 de agosto – Salinas de Torrevieja CRE 13,5 km
Etapa 2 – 25 de agosto – Benidorm – Calpe 199,6 km
Etapa 3 – 26 de agosto – Ibi – Alicante 188 km
Etapa 4 – 27 de agosto – Cullera – El Puig 175,5 km
Etapa 5 – 28 de agosto – L’Eliana – Observatório Astrofísico de Javalambre 170,7 km
Etapa 6 – 29 de agosto – Mora de Rubielos – Ares del Maestrat 198,9 km
Etapa 7 – 30 de agosto – Onda – Mas de la Costa 183,2 km
Etapa 8 – 31 de agosto – Valls – Igualada 166,9 km
Etapa 9 – 1 de setembro – Andorra la Vella – Cortals d’Encamp 94,4 km
Descanso – 2 de setembro
Etapa 10 – 3 de setembro – Jurançon – Pau CRI 36,1 km
Etapa 11 – 4 de setembro – Saint Palais – Urdax-Dantxarinea 180 km
Etapa 12 – 5 de setembro – Los Arcos/Circuito de Navarra – Bilbao 171,4 km
Etapa 13 – 6 de setembro – Bilbao – Los Machucos. Monumento Vaca Pasiega 166,4 km
Etapa 14 – 7 de setembro – San Vicente de la Barquera – Oviedo 188 km
Etapa 15 – 8 de setembro – Tineo – Santuario del Acebo 154,4 km
Etapa 16 – 9 de setembro – Pravia – Alto de la Cubilla 144,4 km
Descanso – 10 de setembro
Etapa 17 – 11 de setembro – Aranda de Duero – Guadalajara 219,6 km
Etapa 18 – 12 de setembro – Comunidad de Madrid/Colmenar Viejo – Becerril de la Sierra 177,5 km
Etapa 19 – 13 de setembro – Ávila – Toledo 165,2 km
Etapa 20 – 14 de setembro – Arenas de San Pedro – Plataforma de Gredos 190,4 km
Etapa 21 – 15 de setembro – Fuenlabrada – Madri 106,6 km
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