Por Ana Nasquewitz /Foto: Fernando Sousa
Especial para o Bikemagazine, de Harrogate
O holandês Bauke Mollema, de 32 anos, conversou com o Bikemagazine durante o Mundial de Yorkshire. O ciclista, que integra a equipe Trek-Segafredo, com vitórias no Tour de France e na Volta a Espanha, falou sobre o contrarrelógio misto por equipes, que a Holanda venceu, suas experiências e o futuro do esporte. Na prova de estrada, Mollema foi um entre os tantos que abandonaram a disputa. Confira:
Como foi disputar e vencer o primeiro contrarrelógio misto por equipes dentro de um campeonato mundial?
Foi algo diferente, já tínhamos disputado o campeonato europeu então tínhamos uma ideia do que esperar. Foi uma boa experiência, eu estava muito motivado para a disputa, treinei muito na bicicleta de contrarrelógio e sabíamos que tínhamos um time que poderia ganhar, então isso nos motivou. É um evento novo, ainda não é o evento principal do mundial, mas veremos nos próximos anos como ele se desenvolverá. Recebi muitas reações positivas depois da prova, ligações e mensagens no meu telefone, e é claro, é um título de campeonato mundial e é sempre muito bom ter uma camisa arco-íris.
Você esteve no Giro d’Italia e no Tour de France este ano. Como foi a sua preparação para o Mundial?
Eu tive uma boa pausa depois do Tour, por volta de seis semanas sem disputar nenhuma prova e isso foi bom, porque este ano realmente foi duro. Depois fiz algumas corridas no Canadá, treinei bem, foi um mês de treinos duros e então as corridas no Canadá me ajudaram a ficar melhor e mais preparado.
Quais são as semelhanças e diferenças entre correr por uma equipe profissional e correr pelo seu país?
Eu gosto de competir pelo meu país, pois sempre aparecem novos ciclistas, atletas que você não conhece muito bem, e para mim é motivo de muito orgulho correr pelo meu país, correr com as cores da Holanda, é sempre algo especial. Este é o meu oitavo campeonato mundial e é sempre muito bom estar aqui.
Atualmente vemos os novos ciclistas alcançando a fama muito rapidamente, especialmente com as divulgações nas redes sociais (como é o caso do Mathieu Van der Poel), algo diferente de quando você começou no ciclismo. Você vê isso como algo perigoso para os novos ciclistas?
Eu penso que, no geral, as mídias sociais não são o melhor para os jovens, especialmente. Claro, depende de como você lida com isso. É bom conseguir alcançar facilmente um número expressivo de pessoas, mas também vejo alguns pontos negativos. Você realmente precisa tomar cuidado com o que posta e cuidar do seu ego.
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