Do Bikemagazine
Fotos de divulgação
Fazia sete anos que a Itália não sediava o Campeonato Mundial de Ciclismo. Por conta da pandemia, o evento que seria realizado na Suíça foi remanejado para a região de Ímola, na Emilia-Romagna, com largadas e chegadas do tradicional autódromo da cidade.
Ímola já recebeu o Mundial em 1968, que teve como campeão o italiano Vittorio Adorni, que surpreendeu o mundo ao andar 90km escapado e vencer solo, com uma vantagem de 9min50s sobre o pelotão, a maior diferença da história do mundial. No feminino, a vitória foi da holandesa Keetie van Oosten-Hage.
Na edição 2020 não haverá camisas arco-íris de campeão mundial para as categorias Júnior e Sub-23. Também não haverá a prova de contrarrelógio de revezamento como nas temporadas passadas.
CRONO
Este ano homens e mulheres vão pedalar no mesmo percurso e na mesma distância na prova de crono individual. São 37,2km, praticamente plano, com apenas 200 metros de desnível altimétrico. O desafio fica por conta das curvas em alta velocidade. A organização espera velocidades médias superiores a 50km/h, a depender do fator vento, claro.
ESTRADA
O percurso da prova de estrada entretanto é considerado brutal. No circuito de 28,8km, o pelotão vai encontrar duas subidas curtas, porém desafiadoras. Com 2,8km de extensão e pendência média de 5,9%, a Mazzolano tem trechos de até 13% de inclinação.
Outra subida, a Cima Gallisterna, tem 2,7km com trechos de até 14% de pendência. A meta de chegada está a 12km do top do Gallisterna, com curvas fechadas nos últimos três quilômetros em descida que vão testar a perícia dos competidores. Serão nove voltas para os homens e cinco para o pelotão feminino.
A corrida feminina terá um total de 2.800 metros de altimetria acumulada em 143km de percurso. Já os homens da Elite vão enfrentar 258,2km, com um total de 5 mil metros de subidas acumuladas.
FAVORITOS
Para a prova masculina de estrada do domingo, 177 ciclistas estão inscritos oficialmente.
Nomes como o do belga Wout van Aert, campeão da última edição da Milão-São Remo e da Strade Bianche em agosto, é apontado como um dos favoritos ao título, por conta do terreno. Outros ciclistas favoritos são Greg Van Avermaet (Bélgica), Julian Alaphilippe (França), Michal Kwiatkowski (Polônia), Marc Hirschi (Suíça), Alexey Lutsenko (Cazaquistão), Max Schachmann (Alemanha) e até mesmo o experiente espanhol Alejandro Valverde está no páreo dos favoritos. Há ainda a esquadra eslovena com o campeão e o vice do Tour de France, Tadej Pogacar e Primoz Roglic.
O holandês Tom Dumoulin está confirmado na prova de crono individual da sexta-feira (25 de setembro) e também para a prova de estrada. O colombiano Rigoberto Uran terá como companhia Esteban Chaves, Sergio Henao e Miguel Angel Lopez como destaques. O neozelandês George Bennett é o destaque de sua seleção.
A equipe italiana terá no comando Vincenzo Nibali e Diego Ulissi e os britânicos terão Geraint Thomas. O australiano Michael Matthews é outro ciclista que pode surpreender, bem como o dinamarquês Jakob Fuglsang.
No feminino, 145 ciclistas estão inscritas para a prova de estrada. O time holandês é evidentemente o mais cotado e não será surpresa se dominarem o pódio. Annemiek Van Vleuten, que se recupera de um acidente no Giro Rosa, confirmou que vai disputar a prova mesmo machucada.
O time laranja tem outras candidatas fortíssimas à vitória como Mariane Vos, Chantal Van den Broek-Blaa e Ellen van Dijk. A alemã Lisa Brennauer, as australianas Brodie Chapman e Lucie Kennedy, a espanhola Marvi Garcia (vice-campeã da Strade Bianche), as britânicas Lizzie Deignan e Lizzy Banks, a polonesa Katarzyna Niewiadoma e a italiana Elisa Longo Borghini também estão na lista das cotadas a um lugar no pódio.
Mas Mundial é Mundial e tudo pode acontecer.
PERCURSO DA ESTRADA
Mais informações no site oficial
Start list prova de estrada feminina
Start list prova masculina de estrada
Mais informações do Mundial 2020 no Bikemagazine







