Do Bikemagazine
Foto de divulgação Markus Spiskes
As ciclovias ainda têm pouca presença nas cidades, apesar de terem se expandido ao longo do tempo. Conheça dados importantes neste conteúdo.
Cada vez mais gente comemora o Dia do Ciclista no Brasil. Afinal, já são mais de 70 milhões de ciclistas pedalando pelo país, mesmo que as condições não sejam as mais favoráveis.
Você já sabe: faltam ciclovias, sinalização e respeito aos ciclistas. Para se ter uma ideia, nos últimos 10 anos, mais de 13 mil ciclistas morreram após um acidente no trânsito. Destes, 60% foram atropelados.
Só que, com o passar do tempo, o número de pessoas que aderem à bicicleta como meio de transporte continua a crescer. Em 2020, a venda de bicicletas registrou um aumento de 50% em comparação a 2019. Todos são números que reforçam o porquê é tão importante que o Brasil adote um bom planejamento de ciclovias pelo país.
Como estão as ciclovias no Brasil hoje?
Segundo dados mapeados pela equipe da Betway, site de caça níquel online , o Brasil tem uma malha
cicloviária de 3.291 km. Enquanto isso, a malha rodoviária no país é de 75,8 mil km.
Claro que o transporte rodoviário é mais forte e necessário no país, para o transporte de pessoas e mercadorias. Porém, a comparação esclarece bem como as ciclovias ainda são diminutas pelo território nacional, mesmo que a demanda esteja se expandindo.
Ainda de acordo com a Betway, são 5 as capitais com mais ciclovias e ciclofaixas instaladas. A lista inclui: Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Distrito Federal (DF).
O destaque acontece por conta de políticas públicas que incentivam o transporte por bicicletas e investem em estrutura. Fortaleza, por exemplo, tem planos de se tornar uma cidade 100% ciclável. Ou seja, em que as pessoas poderão facilmente transitar por ciclovias em todo o território municipal.
Problemas que a falta de ciclovias traz
Sem dúvida, um dos principais problemas que a falta de ciclovias e ciclofaixas traz é a insegurança aos ciclistas.
Primeiro, porque se não há faixas exclusivas, o ciclista precisa dividir espaço com outros veículos no trânsito. E então começam os incômodos: desrespeito dos motoristas; pressa de outros condutores, que intimida quem está na bike; e acidentes.
Como citamos antes, os acidentes com ciclistas não são incomuns. Vários levam a óbito, enquanto que outros conduzem o ciclista ao hospital e/ou dão prejuízo com a bicicleta. Aliás, o desrespeito e acidentes acontecem inclusive também quando há faixas exclusivas para os ciclistas. Então, se apresenta outro problema: a educação no trânsito.
Já ouviu a expressão popular “tirar o pai da forca”? Muitos motoristas dirigem assim, com pressa constante e desatenção. Tanto é que só as multas por excesso de velocidade somaram, em 2017, 2,5 milhões em até 20% das rodovias brasileiras.
Mas um ciclista não pode competir com um veículo. Em ruas pavimentadas, quem anda de bike pode alcançar 20 km/h, enquanto esse é o mínimo para os carros. Logo, “querendo tirar o pai da forca”, os motoristas intimidam os ciclistas e causam acidentes. Especialmente quando não existem ciclovias e é preciso que todos dividam o espaço na rua.
Vale também destacar que a falta de vias próprias acaba desestimulando as pessoas a andarem de bike. Afinal, nem todo mundo quer se arriscar nas ruas movimentadas das grandes cidades. O que é uma pena, pois a bicicleta é um meio de transporte rápido e ecologicamente correto. Além de fazer bem a saúde, já que pedalar conta como uma atividade física importante para o corpo.
Como aumentar ciclovias no país?
Para que a malha cicloviária cresça no Brasil, é preciso que a instalação de ciclovias seja tratada como prioridade pelo Poder Público.
Cada cidade tem seu próprio projeto de urbanização, e algumas dão mais atenção às outras à questão das bikes.
Hoje, o país já conta com uma lei para expansão do uso de bicicletas, mas ainda falta fazer o projeto sair do papel. O Programa Bicicleta Brasil foi instituído pela Lei 13.724/2018, e prevê, entre outras coisas, aumentar a construção de ciclovias e marcação de ciclofaixas e faixas compartilhadas.
O programa está em vias de ser regulamentado para sua execução. E então, quando isso ocorrer, vai contribuir para cumprir a Política Nacional de Mobilidade Urbana, da Lei 12.587/2012. É uma esperança para os aficionados por bikes.




