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Do Bikemagazine
Fotos de divulgação

O percurso do Giro d’Italia de 2022, que será disputado entre 6 e 29 de maio, vai começar em Budapeste, na Hungria, e terminar em Verona com um contrarrelógio de 17,1 km. O trajeto foi apresentado oficialmente e vai contar com 51.000 m de escalada ao longo das três semanas. O percurso da 105ª edição terá 7 etapas para velocistas, 6 de média montanha, 6 de altas montanhas e duas cronos no trajeto de 3.410 km totais.

 

O Giro 2022 terá a menor quilometragem em contrarrelógio em 60 anos. Além da crono final, o pelotão terá 9,2 km de contrarrelógio na 2ª etapa, na Hungria, num total de 26,3 km. “As duas cronos terão um papel importante a cumprir: a primeira porque deve atribuir uma nova maglia rosa que pode ser usada por vários dias, enquanto a segunda pode ser decisiva na classificação geral”, disse o diretor da prova, Mauro Vegni.

O Giro já havia terminado com um contrarrelógio em Verona em quatro ocasiões anteriores, a mais famosa em 1984, quando Francesco Moser vendeu o então maglia rosa Laurent Fignon. Na última vez do Giro em Verona, em 2019, Chad Haga foi o vencedor e Richard Carapaz comemorou o título geral.

Assim como em 2019, o contrarrelógio final começará e terminará em Verona, incluindo a escalada de Torricelle, que entrou no percurso do Campeonato Mundial em 1999 e 2004.

Na Hungria, a corrida começa com uma etapa rápida nas proximidades com a fronteira com a Eslováquia. No dia seguinte tem a crono e, na terceira e última disputa no país, mais um dia plano para favorecer os velocistas. Após a primeira largada estrangeira do Giro em quatro anos, o pelotão terá um dia de descanso por causa da longa transferência para a Sicília.

Percurso da 4ª etapa, com escalada ao Etna

O pelotão chega à Itália na 4ª etapa, com uma chegada ao topo do Monte Etna. Na 7ª etapa, com mais de 4 mil metros de escalada acumulada, o pelotão vai passar pelas montanhas da Calábria e Basilicata. Um dia depois, o Giro volta a Nápoles pela primeira vez desde a edição de 2013, com uma corrida no circuito vulcânico Campi Flegrei antes de uma final à beira-mar. A chegada ao topo de Blockhaus, na etapa 9, encerra a primeira semana.

A segunda semana terá uma série de desafios. Os velocistas terão outra oportunidade na etapa 11 antes de outra etapa complicada e montanhosa de Parma a Gênova, que inclui a subida e a descida do Passo del Bocco, onde Wouter Weylandt tragicamente perdeu a vida no Giro de 2011.

Uma etapa entre San Remo a Cuneo – de certa forma, o reverso da rota Milão-San Remo de 2020 – promete muitos desafios, assim como o dia seguinte, na região de Torino, na etapa 14. Com apenas 153 km de trajeto, a terá 3.470 m de escalada, dando duas voltas e meia em um circuito que compreende o Colle della Maddalena, o Superga e o Roccia Santa Brigida.

A segunda semana termina com um dia montanhoso nos Alpes, no Parque Nacional Gran Paradiso, com 46 km dos 80 km finais em subida.

A penúltima etapa promete uma grade batalha até o Passo Fedaia

A terceira semana segue nas alturas, com um desfecho desde já muito esperado. Após uma difícil etapa de montanha média em Friuli com uma finalização difícil em Castelmonte na 19ª etapa, o último fim de semana do Giro terá uma exigente etapa nas Dolomitas, com o Passo San Pellegrino, o Passo Pordoi e o Passo di Fedaia antes do contrarrelógio final. A etapa envolve três subidas de categoria 1, e a corrida ultrapassa os 2.000 metros de altitude.

O Passo San Pellegrino é seguido pelo Cima Coppi, o ponto mais alto deste Giro, o Passo Pordoi com 2.239 m de altura. A chegada da etapa, por sua vez, é no difícil Passo Fedaia, onde se encontra o trecho notoriamente íngreme e reto da Malga Ciap.

“O Giro de 2022 foi pensado para dar aos competidores a oportunidade de lutar pela maglia rosa e pela classificação geral desde as primeiras etapas. Será uma das rotas mais difíceis dos últimos anos”, disse Vegni, que acredita que as etapas mais importantes da disputa serão as 16 e 20.

“Haverá muitas etapas difíceis, queríamos incluir no percurso uma seleção de montanhas que marcaram a história da nossa prova como a Santa Cristina – que será a Montagna Pantani – o Mortirolo, o Pordoi (Cima Coppi) e o Passo Fedaia”, completou.

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