Do Bikemagazine
Fotos de divulgação
A 86ª edição da La Flèche Wallonne e a 25ª da Flèche Wallonne Femmes serão disputadas nesta quarta-feira (20 de abril) na Bélgica. A prova masculina tem 202,1 quilômetros de percurso, que incluem três voltas em um circuito duríssimo com o Côte d’Ereffe, Côte de Cherave e a definitiva subida ao Mur de Huy. O pelotão feminino terá 133,5 quilômetros e também vai encarar o Mur de Huy três vezes.
O espanhol Alejandro Valverde (Movistar), recordista com cinco vitórias na prova, está confirmado, assim como o campeão mundial Julian Alaphilippe (QuickStep Alpha Vinyl), que já triunfou três vezes no topo do Mur de Huy. O campeão do Tour de France, Tadej Pogacar (UAE Emirates), está entre os confirmados, assim como Tom Pidcock e Geraint Thomas (Ineos-Grenadiers), Vincenzo Nibali (Astana) e Benoit Cosnefroy (Ag2R Citroën). Start list aqui
Após 21 temporadas como ciclista profissional, Alejandro Valverde continua no pelotão, apesar de anunciar sua aposentadoria a cada fim de ano. O espanhol, que venceu quatro edições da Liège-Bastogne-Liège e cinco da Flèche Wallonne, diz que esta será sua última vez nas Ardennes. “Lembro-me de cada um dos meus triunfos no Mur de Huy, mas honestamente não posso dizer qual foi o melhor”, conta o líder da Movistar.
“Quero aproveitar ao máximo esta última Flèche Wallonne. Quero ir bem porque sei que estou em boa forma. Acho que sou forte o suficiente para entregar um resultado top 3. Então, é claro, tudo pode acontecer durante uma corrida – mas estou confiante de que posso estar lá em cima. Julian Alaphilippe é obviamente o principal favorito. Ele provou no País Basco o quão forte ele está atualmente. Espero que ele tenha se recuperado bem do acidente que sofreu no outro dia.”
Tem sido uma temporada de clássicas infeliz para Alaphilippe e a corrida representa otimismo, já que o francês venceu no topo do Mur de Huy todas as vezes que competiu na Flèche Wallonne desde 2018. A QuickStep também confirmou o belga Remco Evenepoel na equipe.
Para sua 86ª edição, a Flèche Wallonne parte pela primeira vez na história de Blegny, uma pequena cidade nos arredores de Liège conhecida por sua antiga mina de carvão, inscrita na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco em julho de 2012.
A localização da largada foi elogiada por Jean-Michel Mönin, responsável pelo percurso, que a considerou bastante desafiadora. “Para começar, queríamos seguir um pouco para o norte para expor o pelotão a algum vento que pode aliviar a corrida logo no início. Aproveitamos também para um roteiro gastronômico, pois passamos perto da casa de algumas delícias locais: a cerveja produzida na Abadia de Val Dieu, o queijo de Aubel, a famosa padaria de Tancrémont. E, o que é mais importante, os primeiros cem quilômetros serão montanhosos e relativamente livres.”
Mesmo que estejamos acostumados a ver a Flèche Wallonne decidida nas últimas centenas de metros no topo do Mur de Huy, é toda a corrida que faz um vencedor. “Este ano programamos três voltas no circuito final com o Côte d’Ereffe, Côte de Cherave e o Mur de Huy. O vencedor provavelmente não decolará em Cherave – mas haverá alguma seleção lá. Uma vez em Huy, um excelente ‘puncheur’ como Julian Alaphilippe tem um cenário muito bom para sair com uma vitória.”
A corrida das mulheres vai contar com 129 ciclistas e, desta vez, serão três subidas ao Mur de Huy na busca para tentar suceder Anna van der Breggen, vencedora das 7 edições anteriores e agora diretora esportiva para a equipe SD Worx.
Quatro dias depois de ter conquistado a Paris-Roubaix, a italiana Elisa Longo Borghini (Trek-Segafredo) chega como favorita. Haverá inevitavelmente um novo nome na lista de vencedoras já que Marianne Vos, a única ainda em competição que já venceu no Mur de Huy, não participará da prova. A holandesa também perdeu a Paris-Roubaix Femmes avec Zwift devido a um teste positivo para Covid-19.
A novidade é realmente a adição de uma terceira subida ao Mur de Huy. “É a primeira vez para as mulheres”, explica o diretor da prova Yannick Talabardon. “Queríamos nos aproximar do percurso dos homens, que também escalarão o Mur três vezes. Também marca a 25ª edição da corrida feminina.”
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