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O bicampeão mundial de crono Filippo Ganna

Do Bikemagazine
Fotos de divulgação

O italiano Filippo Ganna, bicampeão mundial de contrarrelógio, vai tentar bater o recorde da hora no dia 8 de outubro no Tissot Velodrome em Grenchen, na Suíça, confirmou a UCI (União Ciclística Internacional).

O atual dono do recorde é o britânico Daniel Bigham , que marcou a distância de 55,548 quilômetros em uma hora no dia 19 de agosto, também no velódromo de Grenchen, superando o recorde anterior, de 2019, de Victor Campenaerts, de 55,089 quilômetros.

Aos 26 anos, Ganna é bicampeão mundial de crono (2020 e 2021) e, no ciclismo de pista, é campeão olímpico na perseguição por equipes e quatro vezes campeão mundial na perseguição individual (2016, 2018, 2019 e 2020).

“Estou ansioso para participar deste evento, mesmo que seja uma hora de puro sofrimento. Será interessante ver como meu corpo aguenta e até onde posso ir. É um momento em que você realmente testa seus limites físicos e mentais. Realizar um evento de prestígio como este é um passo importante na minha carreira”, contou o italiano.

História
No recorde da hora, o objetivo é pedalar a maior distância durante 60 minutos. O desafio foi criado em 1893 por Henri Desgrange, fundador do Tour de France, que, na época, marcou 35,325 quilômetros.

A UCI adequou as regras para o recorde porque houve ocasiões em que foram usadas bicicletas modificadas, como a “Espada” (da Pinarello) desenhada para Miguel Indurain em 1994 ou a “Old Faithful” do escocês Graeme Obree, que no mesmo ano bateu a marca do espanhol com uma bicicleta desenvolvida por ele mesmo, inspirada no movimento de rotação de uma máquina de lavar.

Nos anos 1990 houve muito barulho em torno do recorde. Além de Indurain e de Obree, outros atletas, como Chris Boardman e Tony Rominger, encararam o desafio. O auge foi no ano de 1994, quando, entre abril e novembro, a marca foi quebrada quatro vezes, até atingir os 55,291 quilômetros de Rominger.

O recorde da hora ficou um tanto quanto esquecido depois da marca de 49,7 quilômetros, batida em 2005 pelo tcheco Ondrej Sosenka. Em 2014, porém, voltou à cena e novamente houve uma sucessão de quebras. O primeiro foi o alemão Jens Voigt (51,115 quilômetros), depois veio o austríaco Matthias Brandle (51,852 quilômetros).

Um ano depois foi a vez do australiano Rohan Dennis, que marcou 52,491 quilômetros, e depois Alex Dowsett, que estabeleceu o recorde em 52,937 quilômetros. Mas, pouco mais de um mês depois, Bradley Wiggins, que sonhava com a marca de 55 quilômetros, bateu o recorde em 54,526 quilômetros.

A marca, considerada difícil de superar, resistiu por dez tentativas, mas acabou vencida pelo belga Victor Campenaerts em 2019, que marcou 55,089 quilômetros  (relembre aqui).

Três anos depois, em agosto de 2022, foi a vez de Daniel Bigham, que marcou 55,548 km. Confira no vídeo

 

DATAS HISTÓRICAS DO RECORDE DA HORA
1876 (1ª tentativa) | Frank Dodds | 26,508 km
1893 (1ª tentativa oficial) | Henri Desgrange | 35,325 km
1898 | Willie Hamilton | 40,781 km
1935 | Giuseppe Olmo | 45,090 km
1972 | Eddy Merckx | 49,431 km
2000 | Chris Boardman | 49,441 km
2005 | Ondrej Sosenka | 49,700km
2015 | Bradley Wiggins | 54,526 km
2019 | Victor Campenaerts | 55,089 km
2022 | Daniel Bigham | 55,548 km

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