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Geração Z faz mais uso de dispositivos eletrônicos do que as anteriores – Foto de Murilo de Paula

Do Bikemagazine
Foto de Murillo de Paula no Unsplash

É muito comum ouvir que as novas gerações estão “o tempo todo com os olhos grudados nas telas” e essa não é uma afirmação incorreta, mas é incompleta. É verdade que a geração Z faz uso mais ávido de dispositivos eletrônicos do que as anteriores, mas há também um desejo em mudar esses hábitos.

As razões são variadas, mas em todas o fator motivador é o mesmo: a percepção de que o tempo gasto na frente das telas poderia estar sendo usado em outras tarefas, sejam aquelas mais produtivas ou as que beneficiam a saúde do corpo e da mente. Essa segunda razão se encaixa no tema de hoje!

As atividades físicas podem servir como uma excelente alternativa para o uso das telas, trazendo uma série de benefícios. O ciclismo, em especial, desempenha um papel fundamental e pode ser usado para contribuir com as metas de se desconectar em um cotidiano que pede atenção digital incessante.

Quais são as dificuldades apontadas pela geração para largar as telas?

Que a geração Z é a que mais passa tempo diante das telas não é nenhuma surpresa, mas a maioria de nós não sabe exatamente quais dados se relacionam a esse conhecimento empírico. Uma pesquisa conduzida pela ExpressVPN sana a dúvida, apontando que falta motivação para 40% desses jovens.

Igualmente, 40% sentem que ficarem afastados de telas fará com que percam informações relevantes, algo que é conhecido como “FOMO” (do inglês “fear of missing out” ou “medo de ficar de fora”). Só 27% dos entrevistados relaciona a dificuldade com o trabalho, o qual pede que estejam conectados.

Outra razão é a pressão social, algo apontado por 26% das pessoas. Por fim, 7% dizem não enfrentar qualquer dificuldade para abandonar as telas; enquanto 11% nem mesmo o tentam (o que independe de estarem ou não satisfeitos). Esses dados nos ajudarão a explorar os temas dos tópicos posteriores.

O que está por trás do desejo de diminuir o tempo de tela?

Exploradas as razões pelas quais a geração Z vê dificuldade em diminuir o tempo de tela, vale a pena falar sobre esse desejo. Afinal de contas, o que os jovens veem como pontos positivos na diminuição o período na frente de computadores e smartphones? A pesquisa nos aponta dados.

Os motivos citados são: melhorar a saúde psicológica (45%), aumentar a produtividade (43%), passar mais tempo com a família e amigos (36%) e reduzir o estresse ou ansiedade (29%). A ordem em que essas razões aparecem são compartilhadas por outras gerações, mas com os números mais modestos.

Vale dizer também que duas dessas razões, o cuidado com a saúde psicológica e a redução do estresse e da ansiedade, estão diretamente relacionadas. Isso nos mostra que mais do que um espaço para o entretenimento, as telas também podem ser fonte de grande sofrimento para uma parcela dos jovens.

Como o ciclismo pode ser uma alternativa saudável às telas?

Saindo dos problemas, chegamos às soluções! Uma das principais, e aquela que ganha protagonismo aqui, é a prática do ciclismo como alternativa para o tempo gasto na frente das telas. Uma notícia publicada pelo Estadão apontou que o ciclismo foi o esporte mais praticado pelos brasileiros em 2023.

Isso mesmo: o país do futebol observou uma prática do ciclismo maior que a do esporte nacional! E o melhor de tudo é que a diminuição do tempo de tela com o ciclismo não é sinônimo de um abandono completo. Na verdade, uma das principais razões que atrai a geração Z à atividade são os aplicativos.

Pegando como base a mesma notícia do Estadão, 77% dos entrevistados da geração Z citam os apps como uma das razões para pedalarem, já que podem acompanhar o próprio progresso e dados de amigos e familiares. Ou seja: ao mesmo tempo em que telas são menos usadas, elas ficam mais úteis.

Além do ciclismo, o que pode ser feito para diminuir o uso das telas?

Para fechar o texto, vale a pena apontar outras soluções à diminuição do tempo de tela, ao lado da prática do ciclismo. Aqui o texto original aborda 5 razões principais, cada uma delas interessante por incluir um aspecto distinto.

São elas: a adoção do JOMO (“joy of missing out”, em oposição ao “FOMO”), a reflexão e a reavaliação constante do tempo que passamos na frente das telas, a redução das distrações, a priorização do que fazemos ao acessar a internet e o agendamento daquelas atividades que não envolvem as tecnologias.

Essa última solução, em especial, casa perfeitamente com o ciclismo, já que se trata de uma atividade que pode ser aprimorada com as telas, mas independe delas para ser executada. Dessa forma, o ciclismo serve como um excelente substituto para os períodos desperdiçados com os smartphones.