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A Vila Brasil Ride na edição 2024 na Bahia – Foto de Alemão Silva

Do Bikemagazine
Foto de divulgação Alemão Silva

A ultramaratona realizada na Bahia teve recorde de ciclistas estrangeiros este ano. Segundo a UCI, o número de estrangeiros este ano teve recorde histórico e foi 20% maior do que o registrado na edição passada. As inscrições superaram o limite da prova e chegou a 542 ciclistas, vindos de 22 países e todos os estados brasileiros.

A Brasil Ride Bahia foi incluída no calendário da União Ciclística Internacional (UCI), em 2013, época em que era a única prova de mountain bike por etapas no continente americano a aparecer no calendário UCI.

A competição colabora para a pontuação no ranking mundial de mountain bike e tem sido elogiada por conta de sua estrutura.

Segundo o fundador da Brasil Ride, Mario Roma, sempre houve uma boa relação com a UCI e nos últimos anos a confiança depositada pela organização e comissários tem aumentado, principalmente por entender a importância e dinâmica da ultramaratona brasileira.

“O aumento do número de atletas foi significativo e de pontuação do ranking UCI também. Ao todo 41 ciclistas, sendo 30 homens de onze países e onze mulheres de 9 países diferentes, configuram com pontuação pela Brasil Ride. É importante frisar que isso reflete também no crescimento da prova, na escolha pela competição e pelo time robusto de mulheres. Em 2024, a elite feminina teve 46 ciclistas, sendo 11 delas no ranking. No masculino foram 97 ciclistas que participaram e não receberam pontos”, destaca.

Segundo o Comissário da UCI, Antonio Carlos Vinck, que acompanha a prova há nove anos, a Brasil Ride é uma das provas mais requisitadas pelos atletas e se iguala às mais importantes do calendário mundial. Na lista da UCI, a Brasil Ride figura como SC1, XSCS, que são provas mais difíceis, com grande qualidade técnica e com 7 dias e 7 etapas de competição.

“A Brasil Ride é incrível e tem um público cativo e que sabe o que vai encontrar durante o percurso, que sempre tem mudanças. Como tem gente em sua primeira vez, tem pessoas na nona, décima participação. Ela já se tornou uma prova clássica para os amantes da MTB. Já em relação aos participantes, vimos um aumento de 20%, com muitos estrangeiros”, ressalta.

Vinck reitera as nuances da prova que tem – além de trajetos singulares -, a Vila Brasil Ride, que acolhe os participantes por três dias, onde sob o céu e encravado nas montanhas, em barracas e com uma imensa infraestrutura partem e voltam dessa aventura épica.

O comissário nacional da UCI e CBC, Denildo Gomes revelou algumas informações relevantes sobre a Ultramaratona Brasil Ride. Ele explica que na categoria masculina tiveram 31 atletas masculinos ranqueados e 12 femininas na Brasil Ride Bahia 2024. A maioria desses nomes são internacionais.

“Existem outros atletas que participaram da edição, formando duplas, trio. Mas por concorrerem ao lado de amadores – que não fazem parte da classificação UCI – não pontuam. Aqui o que levamos em consideração são os rankings da Ultramaratona. Um exemplo que posso dar é o do vencedor da Brasil Ride, Martin Vidaurre, que é conhecidíssimo no XCO, mas até então não tinha pontuação no ranking de maratona. Outro nome muito conhecido é Gustavo Xavier e que estavam fora dessa listagem de ranqueados. Além disso, tem que ser Finisher, tem que ter pontuação. Gustavo já participou da Brasil Ride, mas não pontuou. A UCI pontua atletas até o 36º lugar”, salientou.

Já as duplas, quando são um amador e um elite, não pontuam. “Para entender, consideramos os solos elite como profissionais, e duplas e trios como amadores”, finaliza Denildo.

Mais informações no site oficial brasilride.com.br