Do Bikemagazine
Fotos de divulgação
Aos 48 anos, o espanhol Oscar Sevilla (Team Medellín-EPM) começou o mês de novembro com a terceira colocação na classificação geral do Tour do Rio e o segundo lugar na geral da Volta ao Equador (11 a 17 de novembro), depois de vencer a etapa de abertura e vestir a camisa de líder. “A idade, às vezes, é apenas um número”, disse Sevilla após cruzar a linha de chegada em Guayaquil.
Sevilla terminou a etapa à frente do companheiro de fuga Bryan Raul Obando, 25 anos mais novo. “Ainda tenho o mesmo entusiasmo de quando comecei a correr e tenho disciplina para continuar treinando e cuidando de mim”, disse ao jornal local El Comercio após sua vitória.
E a história ainda não terminou. Sua 27ª temporada está garantida com a equipe em 2025. “Sinto que ainda sou uma parte válida do ciclismo e corro por esse motivo, porque gosto, por causa da minha paixão. Se não fosse assim, se eu estivesse apenas fazendo números, não estaria correndo – seria gerente de equipe ou teria outro emprego.”
“Estou ciente de que meus dias como ciclista profissional terminarão cedo ou tarde e que estou na reta final, mas quero aproveitar o que me resta: treinamento, amigos e o ambiente do ciclismo. Serei um ciclista a vida toda e sempre estarei orgulhoso e feliz por ter sido ciclista profissional”, disse.
“Continuar até os 50? Talvez, por que não?”, continuou. “Quando tiver dificuldade em sair da cama para ir treinar, direi adeus.”
Natural de Albacete, na Espanha, Sevilla passou as últimas oito temporadas na equipe colombiana Medellín-EPM. Um de seus maiores triunfos recentes foi na temporada 2023, quando venceu a geral do Tour de Hainan, na China.
Sevilla fez sua estreia profissional com a Kelme, em 1998, e se destacou no Tour de France de 2001, onde terminou em 7º na geral e venceu a camisa branca da classificação de melhor jovem. Naquele mesmo ano, atraiu as atenções na Volta a Espanha e segurou a camisa de líder até a etapa final, onde perdeu para Ángel Casero.
Mas Sevilla, conhecido como El Niño por sua aparência jovem, tem um passado controverso. Foi implicado no escândalo de doping da Operación Puerto e, pouco antes do Tour de France de 2006, foi proibido de competir. Em 2010, quando integrou a equipe norte-americana Rock Racing, pegou uma suspensão de seis meses após testar positivo em exame antidoping.
Após seu retorno às corridas, em 2011, já na Colômbia, venceu a Volta do México e ficou em segundo lugar na Volta da Colômbia. Naquela temporada, Sevilla estava com 35 anos e viu a chance de uma segunda carreira na Colômbia, país que lhe concedeu dupla nacionalidade em 2012, depois que ele se casou e constituiu família no país.




