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Texto e fotos de Ronaldo Snow

Logo depois da inauguração da primeira etapa da ciclovia “Caminho Verde”, no final de setembro fui dar minha primeira pedalada de reconhecimento no percurso.

O trecho fica ao lado da Avenida Radial Leste, às margens do corredor da Linha 3 do Metrô de São Paulo.

Posso dizer que a ciclovia irá beneficiar muita gente quando estiver totalmente pronta.

A Radial Leste é uma das principais avenidas que liga a Zona Leste ao centro da capital paulista. O movimento de veículos na Radial é bastante intenso e é muito perigosa para se andar de bicicleta.

Antes de a obra ser construída, eu pedalava para meu trabalho e podia sentir na pele os grandes riscos de sofrer um acidente e até mesmo de perder a vida, principalmente com os ônibus e caminhões que passam a poucos centímetros de nós ciclistas. Todo o cuidado é pouco nessa via de movimento sempre caótico.

Agora, com a nova ciclovia, isso irá facilitar a vida de muita gente, principalmente de quem usa a bike para ir trabalhar.

Atualmente (outubro de 2008) a ciclovia tem 6 km e se estende da Estação Corinthians-Itaquera até a Estação Guilhermina-Esperança, e futuramente irá até a Estação Tatuapé, com um total de 12 km.

Uma grande calçada

Na minha opinião de usuário, a qualidade da pista de concreto não é boa e lisa como o asfalto e em muitos trechos faz a bike trepidar muito. Ciclistas mais radicais talvez não irão gostar da qualidade da pista, pois ela é feita de concreto e possui várias divisórias (emendas de dilatação), assim como são feitas as calçadas.

Para ser sincero, a ciclovia é praticamente uma grande calçada. Pedalar a acima dos 30 km/h não é recomendável, até porque há pedestres que usam a ciclovia. Mas no geral, a via é excelente para treinos de ciclistas iniciantes, e para quem não deseja enfrentar o trânsito doido das grandes avenidas.

Iluminação e segurança

A pista é muito boa em questão de segurança, com muita sinalização. Há uma faixa exclusiva para ciclistas nos cruzamentos com a Radial Leste, para evitar acidentes com pedestres e chamar a atenção dos motoristas.

Durante a noite, o Caminho Verde tem boa iluminação. Quanto a riscos de assaltos… isso sempre tem, assim como em qualquer grande cidade. Basta ficar esperto se há alguém suspeito parado na pista ou andando de bicicleta. Na dúvida, é melhor voltar para evitar ser abordado por bandidos.

Visual verde

O visual é o melhor que a ciclovia pode oferecer. A pista na cor vermelha se destaca com o belo visual verde que há no caminho, com muitas árvores plantadas ao longo da ciclovia. Os muros do corredor metroviário também foram pintados de verde, enfatizando o nome da ciclovia “Caminho Verde”. Tudo isso confere um ar de modernidade ao sistema cicloviário.

Posso dizer que de 0 a 10, a ciclovia merece a nota 7, mais pelo visual e pela segurança do trajeto. O Caminho Verde poderá incentivar a construção de mais ciclovias na cidade e motivar as pessoas a deixarem seus carros e curtir a magrela, seja para lazer, esporte ou para trabalho e melhorar a qualidade de vida em São Paulo.

Raio-X da pedalada

Extensão: 5,41 km
Velocidade máxima: 38,9 km/h
Velocidade Média: 23,3 km/h
Calorias perdidas: 84,9
Tempo percorrido: 13m58s

A ciclovia oferece dois bicicletários, um na Estação Corínthians-Itaquera e outro na Estação Guilhermina-Esperança.

O Metrô paulistano também permite o transporte de bicicletas dentro dos trens em horários específicos. De segunda a sexta-feira das 20h30 até o encerramento da operação. Aos sábado, é permitido o transporte das 14 horas até o encerramento da operação, e aos domingos o biker tem o dia todo para embarcar a bike no trem.

Mais informações no site do metrô: www.metro.sp.gov.br