
Bradley Wiggins: em busca de mais espaço no mundo das celebridades?
Dani Prandi / Bikemagazine
Foto de divulgação
Sir Bradley Wiggins não esconde o jeitão de quem quer ser pop star. Tem estilo, é fashion, atrai as atenções, comete um deslize aqui, outro ali. Já saiu, inclusive, dando uma de modelo em editorais de moda e tem sua linha exclusiva de roupas esportivas. Mas, pelo jeito, quer mais. O britânico acaba de contratar a XIX Entertainment, a empresa de promoção do celebrado Simon Fuller, ex-manager das Spice Girls que tem entre seus clientes David Beckham e Lewis Hamilton.
Fuller, criador do show de calouros Pop Idol, que nos EUA se chama American Idol, terá como missão transformar a figura de Wiggins em um ícone do esporte e fazer do bem-sucedido Wiggo, como os fãs o chamam, uma marca de sucesso. Em entrevistas, Fuller afirma que é hora de “aproveitar o crescimento da participação do ciclismo mundial e a posição única de Wiggins para criar oportunidades de negócios em todo o mundo”.
Em um setor que sofre com a economia em baixa da Europa, sede das principais equipes de ciclismo profissional, a missão tem tudo para ser bem-recebida. Um novo herói para o esporte, que tem atravessado uma fase de escândalos de doping em efeito-dominó, pode ser uma saída honrosa.
Wiggins, por sua vez, precisa estar em cima da meta para sustentar tal fama. Na temporada que agora termina, o ciclista da equipe Sky teve poucos altos e muitos baixos. Depois de marcar seu nome na história como o 1º britânico a vencer o Tour de France e, meses depois, conquistar o ouro olímpico no contrarrelógio em Londres, chegou a 2013 com uma certa falta de humildade. Chegou a dizer que pretendia vencer o Giro D’Itália e o Tour de France, sim, os dois, mas o final da história gente sabe. Não completou o primeiro e não disputou o segundo. Depois, andou dizendo que iria voltar para o ciclismo de pista e que, inclusive, virá para a Rio 2016. A conferir.



