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Cavendish no recente Tour da Suíça Foto:Etixx-QuickStep

Cavendish no recente Tour da Suíça Foto:Etixx-QuickStep

Do Bikemagazine
Foto de divulgação

Mark Cavendish (Etixx-QuickStep) vai encarar mais um Tour de France. É claro que espera que tudo seja diferente do ano passado, quando provocou uma queda logo no primeiro dia, deslocou o ombro e abandonou justamente em sua cidade-natal. Afinal, o britânico da Ilha de Man, de 30 anos, um dos sprintistas mais vitoriosos do pelotão, tem boas chances de melhorar sua posição no ranking dos maiores vitoriosos do Tour de France de todos os tempos.

Cavendish tem 25 vitórias em etapas do Tour de France (2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013) e ocupa o terceiro lugar no ranking de todos os tempos, atrás do belga Eddy Merckx (34 vitórias) e do francês Bernard Hinault (28 vitórias). Subir de posição não é assim tão impossível.

O ciclista contou em recente encontro com a imprensa britânica que, para a edição deste ano, que começa dia 4 de julho e vai percorrer 3.360 km em 21 etapas, tem feitos treinos de até 200 quilômetros por dia na região da Toscana, na Itália, onde mora com a mulher e a filha de 3 anos. “O Tour de France é ridiculamente difícil”, define. E, para ele, as dificuldades só aumentam. “Está ficando mais difícil do que nunca. O ciclismo mudou ao longo dos últimos anos, antes uma equipe controlava e as outras lutavam para pegar, mas hoje provavelmente você tem cinco ou seis equipes disputando o controle e muito mais gente no sprint.”

O sprintista contou que se prepara para uma etapa com chegada em sprint na noite anterior, quando estuda, pelo Google Street View, os últimos 500 metros do percurso e memoriza particularidades do terreno. Mas, em uma competição de alto nível como o Tour de France, Cavendish afirma que em muitas etapas a parte mais difícil “é logo no início”. “Geralmente há um grupo escapado e às vezes precisamos tomar decisões como, por exemplo, perseguir ou não. Mas não é como jogar xadrez. Nós não somos robôs. Você tem que ter a força física para reagir.”

Para Cavendish, o trabalho da equipe é fundamental. “Quanto mais forte você está, mais você pode controlar. Mas o ciclista mais forte do mundo não é tão forte quanto dois ciclistas, e muito menos com nove ciclistas (como no Tour de France)”, afirmou.

“As pessoas pensam nos sprintistas nos últimos 200 metros, mas temos de completar todo o percurso para chegar lá. Os 200 melhores do mundo ao seu lado, todos rodando juntos. Ganhar ou perder significa muito. É uma montanha-russa de dor, medo, alegria, acidentes, excitação, tédio e pressão. Mas eu vivo para isso”, completa.

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