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Peter Sagan na vitória da 3ª etapa da Tirreno-Adriático 2017

Peter Sagan na vitória da 3ª etapa da Tirreno-Adriático 2017

Do Bikemagazine
Fotos de divulgação/RCS

O bicampeão mundial Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) chega para a disputa da Milão-San Remo, neste sábado (18 de março), como o grande favorito. No pelotão, o clima será de “todos contra Peter Sagan”, mas o irreverente ciclista tem dado mostras de que não está nem aí para a pressão. “Eu sou sempre o favorito, já estou acostumado.”

Sagan e Pinot na chegada da 5ª etapa da Tirreno-Adriático 2017

Sagan e Pinot na chegada da 5ª etapa da Tirreno-Adriático 2017

Sagan é o favorito porque reúne as qualidades necessárias para faturar “La Classicissima di Primavera”, como a “Monumento” é chamada: tanto é capaz de realizar ou responder a fortes ataques quanto ir para o sprint após 291 quilômetros de pedal. “Pensar demais é um dos meus menores problemas”, disse Sagan na entrevista de encerramento da Tirreno-Adriático, quando protagonizou uma cena que fica para a história: durante a prova de contrarrelógio, desviou de uma mulher que passeava com o cachorro que teimou em cruzar a rua bem na sua frente. (veja aqui)

Enquanto a maioria das equipes foi para Milão fazer treinos e o reconhecimento do percurso, Sagan e seus companheiros da Bora-Hansgrohe passam uns dias de tranquilidade com o Lago de Garda na janela. Sagan, aos 27 anos, sempre acompanhado da jovem esposa Katarina, disse que não pretendia passar longas horas de treino no percurso ou rever as corridas anteriores, já que conhece muito bem o caminho.

Como vive em Monte Carlo, o eslovaco contou que costuma percorrer alguns dos trechos da Milão-San Remo em seus treinos. Há cinco subidas que podem mudar o rumo da competição: Capo Mele, Capo Cervo, Capo Berta, Cipressa e Poggio. As três primeiras não são tão decisivas, mas muitas vezes os ataques em Cipressa e Poggio definiram o vencedor da Classicíssima. (Vale lembrar que a Cipressa tem 5,7 quilômetros, com inclinação média de 4.1% e máxima de 9%, e está a 21,5 quilometros da meta. Já a subida Poggio, com 3,7 quilômetros de extensão, tem inclinação média de 3.7% e está a 5,4 quilômetros da linha de chegada.)

A Milão-San Remo é considerada a mais imprevisível das Cinco Monumentais (Milão San-Remo, Tour de Flanders, Paris-Roubaix, Liege-Bastogne-Liege e Il Lombardia), mas Sagan diz que não há segredo para vencer a prova: “O importante é estar se sentindo bem. Você simplesmente precisa estar em um bom dia.” Mas imprevistos acontecem e, no ano passado, Sagan ficou fora do Top 10 após o colombiano Fernando Gaviria (QuickStep-Floors) tocar em sua roda. Gaviria, aliás, também é um dos nomes fortes entre as apostas para a edição deste ano.

Sagan deu mostras de que está em plena forma após duas vitórias na Tirreno-Adriático, uma no sprint, outra em uma etapa de montanha. Os ânimos estão renovados e o bicampeão mundial tem recebido elogios de seus adversários. O campeão olímpico de estrada dos Jogos Rio 2016, o belga Greg Van Avermaet, chegou a dizer que Sagan é o Eddy Merckx de sua geração. Merckx, vale destacar, faturou a Milão-San Remo sete vezes. “Vamos ver o que acontece. Se eu não ganhar talvez, de alguma forma, sou eu quem vai decidir quem vai ganhar”, afirmou.

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